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Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto Promove Palestra Sobre Propaganda Nazista

 

No dia 23 de setembro, Márcio Pitliuk, um dos maiores especialistas brasileiros em Holocausto, fará a palestra

“Propaganda e Comunicação Nazista”, onde analisa os efeitos dessa prática que perseguiu judeus e assegurou o poder aos nazistas

Propaganda, hoje termo basicamente associado a atividades comerciais, teve grande influência, porém, no contexto político do final do século 19 e início do século 20, reforçando esforços de persuasão patrocinados por governos e partidos, sejam de direita ou esquerda. E o partido nazista de Adolf Hitler explorou com habilidade o uso desse tipo de propaganda, antes e durante sua permanência no poder, centrado na acusação de que judeus e outras minorias seriam a fonte de problemas econômicos da Alemanha, o que desembocou em tragédias como o Holocausto.

Para analisar os efeitos dessa prática, Márcio Pitliuk, publicitário, escritor e diretor de cinema, fará a palestra “Propaganda e Comunicação no Holocausto” no dia 23 de setembro, às 19 horas, no Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto. Profundo conhecedor da Segunda Guerra Mundial, Pitliuk já realizou dois longas-metragens e três curtas, além de lançar 13 livros e organizar encontros com sobreviventes do Holocausto.

Cinema: principal meio de transmitir as mensagens nazistas

No caso nazista, a propaganda teve grande uso para influenciar a opinião pública através da utilização dos meios de comunicação, o que lhe garantiu a aquisição e a manutenção do poder. Desde o uso de noticiários até filmes como O Triunfo da Vontade, dirigido por Leni Riefenstahl e considerado a mais famosa exaltação nazista, o regime de Hitler comandou uma máquina de propaganda que atingiu todos os níveis da sociedade alemã.

Sob a coordenação de Josef Goebbels, essas técnicas foram cientificamente elaboradas para atingir em cheio a maior quantidade possível de pessoas e garantir a sobrevivência do regime com apoio popular. Assim, Goebbels implementou políticas para espalhar as mensagens nazistas por meio de arte, música, teatro, filmes, livros, rádio, material educacional e imprensa.

Nesse contexto, o cinema se transformou no principal meio de transmitir as mensagens nazistas, por ser exibido em escolas e fazer parte do sistema de ensino. Para garantir a predominância dessas atividades, Goebbels censurou toda a imprensa alemã, fechando dezenas de jornais, editoras e emissoras de rádio e televisão. A propaganda e os filmes nazistas não se limitavam, porém, a atacar seus inimigos, como também estimulavam modelos de comportamento a serem seguidos pelos alemães, exaltando o comedimento econômico e criticando o luxo, outra forma de manipular o apoio da opinião pública. Por causa dos terríveis resultados na década de 1940, até hoje muitas pessoas veem conotações negativas na propaganda.

Local: Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto

Endereço: Rua da Graça, 160, bairro do Bom Retiro, São Paulo

Dia e horário: 23 de setembro às 19 horas

Entrada gratuita